segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Ágora, qual será a cor da pintura do seu coração, agora?

Já não deveria me espantar com meu raro dom para encontrar raridades. Eureka! Uma coisa atrai a outra, tento racionalizar, mas não faz lógica estes encontros. Não tem, não faz, ah, não sei mais o que pensar. Logo, não penso. Imagine se fossem programados, “friamente calculados”, como diria meu herói colorado predileto... Hoje não foi diferente.

Laranja, foco, atenção, foi o que ouvi da cromoterapia. Sempre na moda, desfile de roupas de monges budistas. Sem querer querendo, lembro-me também de um tempo de areia nos pés, de águas salgadas que, felizes, vêm e vão, ondas, e das palmas que me recusei a bater para o céu feito nossos outros colegas primatas seguidores de modismos, para seu riso iluminado e quente que me desanuviava de tal forma... Será que te fiz esquecer? Ébria demais, como sempre, imagine se bebesse... 

Éramos tão cúmplices, tantos crimes perfeitos cometidos, para mortes em massa dos consumidores banais deste tempo que esperavam mesmo que a gente iria compartilhar nossa felicidade íntima. Só nossa. Por capricho artístico. Mantivemos as formas, mas nunca mais conseguimos repetir. Afinal, uma obra irreprodutível para tornar a perfeição mais valorosa e sem preço. É sempre um espetáculo com rajadas, sonoramente, laranjas... Era o nascer ou o fim de uma Popstar? Que massa, o Rouge voltou!

Há quem maldiga que sejamos muito antigos para este terceiro milênio. E os miseráveis estão certos, cheios de suas misérias, vazios. Se eles estudassem melhor as auras, com interesse sincero em escutar e dialogar com o outro, esse próximo tão distante, eles não precisariam ter fé, pois sentiriam que todos somos arco-íris em potencial, ao alcance de todos os raios, desde que estejamos límpidos para a luz que nos atravessa... Imagine ser tal irradiação! John Lennon, sou muito mais viagem que ele. Vamos, nem que seja por repetição reptiliana, imagine! 

Ai, o amor... Uma laranja formada de duas metades. Almas gêmeas. Platão não foi sábio o suficiente para perceber além dos meios e dos inteiros. Minhas reticências. Sementes é onde se encontra o poder da multiplicação. Se o juízo é final, recriamos o paraíso de novo e lá se era uma vez... (Risos)


26 de janeiro de 2018, às 00:05

<< Sugestão musical: Lil’B - Orange >>
https://www.youtube.com/watch?v=QRvSu3syAng

Imagem por: Irene Sheri

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