segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Apaguem-se as luzes

Porque quando você quer apagar o passado
Você passa o apagador por cima das marcas feitas de giz

Não estamos num terreno materialmente palpável
Mas a dica é: esqueça o passado
Se você não foi se construindo no passado é fácil sair
Esqueça Sartre também
Esqueça o que ele disse sobre ser o que nos tornamos
Pois se somos o que tornamos
Somos feitos de escolhas lá atrás
E não olhe para trás agora!
Não agora que você quer matar o pretérito da oração
É melhor assim, orar sem luz
Eu não serei o suporte para a sombra
Tenho cara de mestre por acaso?
Não espere que eu esteja na cruz
Jesus se foi, não tem salvação...
Agora, quebre os reflexos em que se espelha
Vampiros são lindos, glamourosos
Não se veem, não têm reflexo
Se você se enxergar, bom
Você tem sua própria imagem
Eu ainda acredito que talvez sim
Ego, ego, ego, ecoando, ego
Não prove quem você é para mim
Quer palmas? Assovios?
É fragilidade ter que ver aceitação
Parâmetros da sociedade demais
Ser o que não é
Usar máscaras
Máscaras são para atores
Eles querem palmas, assovios
Para as representações
Apresente-se, se for capaz.
E não olhe para trás...
Memórias? Não são só memórias

Porque quando você quer apagar o passado
Você passa o apagador por cima das pessoas feitas de lembranças
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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Skank, tequila, cerveja, lei seca... faça-me rir!

Eu não aguentava ter que ficar esperando tanto tempo para ver o Skank. Se fossem somente os dois anos, mas não, fiquei esperando em pé durante horas, para começar não mais no dia 1º de Agosto, e sim, no dia seguinte.

Acho engraçado, falaram na rádio: “Show do Skank dia 1º de Agosto...” e o show não começou no sábado, começou no domingo. Estou acostumada a ficar altas horas acordada, mas que sejamos franco, é muito chato esperar um evento por mais de meia-noite, noite e meia você querendo já sentar no chão de tanto cansaço.

Coitada da minha mãe, ela que mais queria ver esses músicos conterrâneos do meu pai, Minas Gerais também, uai, foi embora lá para uma hora da manhã, logo quando passava Jackie Tequila! É por isso que sou a favor de espetáculos mais cedo, pois quando vamos para o show, não vamos para madrugar e sim para assistir. Se eu quisesse ter madrugado eu teria ido para a festa que aconteceu no mesmo dia, a Ibiza, festa com um monte de djs, festa que não foi rave, mas que dura muito mais tempo que um show.

Show é show. Futebol é futebol. Luau é luau. Festa eletrônica é... Você já deve ter pegado a lógica, né? Durações diferentes, qualidades diferentes. Então, se o show não vai durar mais do que 2 horas, por que não começar mais cedo também? A cidade já não é o ninho de tranquilidade que queríamos, tem tanta violência, acidentes de trânsito. Enquanto isso, a galera no Atlanta, bebendo, bebendo, até começar o show. Bebendo Nova Skin... blargh... Sem comentários. Pode até ser proibido fumar em lugares fechados, porém a lei seca já está sendo carbonizada com álcool, chorando, talvez, por não pegar mais ninguém. Patrocínio é patrocínio. Dinheiro é dinheiro. Cliente é cliente. Fã é... não, não é porque somos fãs somos obrigados a ficar refém até de bebida ruim, bebida que se formos beber é por causa da espera. Depois, bebemos tanto, que vamos embora alcoolizados, e não preparados para batidas, batidas de carro e batidas com álcool também.

O show foi ótimo. Não tenham dúvidas! Fiz muita amizade, muita história para contar! Só acho bom revermos isso: o horário para iniciar as apresentações musicais. O espetáculo não precisa começar tarde, se dura pouco. Duas horas de show do Skank para mim é pouco. Se estiver me achando uma louca, subitamente, me mostre, pois mesmo que tudo acabe em fim, enfim, teve um rock massa em Goiânia, durante as minhas férias que ainda não acabaram. Yeah! Yeah! Yeah!