quarta-feira, 27 de abril de 2011

Medíocre vida real



Mais uma viagem ao exterior. Iria ver, dessa vez, o casamento da realeza inglesa. E para disfarçar a falta de nobreza, demonstrou a riqueza distinta de quem só pode ser mais um reles expectador.

domingo, 24 de abril de 2011

Bosque dos coelhos



Num belo dia de sábado
iluminado por tantas lâmpadas
e gelado pelo ar condicionado
Paro, olho, dou uma leve risada:

A páscoa virou “Bosque dos coelhos”
Espaço pago para aprisionar filhos!

E, no shopping, a perua espalhafatosa
Deixa a cria no cativeiro, a criança agora presa
Pintada à mão e com orelha de papel cor de rosa...
Vai entender o espírito mercantil da coisa!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Violeta



Ainda não se sabe o que vem antes de nascer, muito menos o posterior a tudo isso. O que restava: existir conforme as escolhas.

Alguém ligou meu corpo para esse ambiente hospitalar. Aqui estou. Aqui sou. Consciente até enquanto durar os estoques de oxigênio. Aceitar. E essas indagações existenciais que continuam. Ainda estou pulsando. Como sair desse niilismo? E esse ambiente está tão ligado ao meu corpo. Está material demais.

Desliguei. Parei com as compras de livros de autoajuda. Nem outro carro. Nem outro interesseiro. Compras de anestesia temporal. Parei. Matéria externa demais, externando um alguém que nada é.

Mente e sensações em degladiação. O completo combate sem anulações. O aqui e agora. O vazio é meu estado profundo de meditação. Sem o valor das posses. Vivi desconsiderando o final, mas respostas me vieram após o fim.

Violetas. Destino e criação para meu jardim. Cíclico. Momentos de fragilidade e beleza que não passam. A cor intensa. Ficou em mim. A forma, leveza e suavidade. O perfume.

Brincando com algum dom. Esta paciência de aceitar processos. Desabotoar para descansar. Desabotoar para desfrutar. Para desabrochar. Transmutando de novo, de novo... Brindando algum dom.

Por desejar a vida, o sentido não foi perdido. Sem explicação. Independente do paraíso e do inferno lá fora, a violeta quer ser ela mesma. Violeta.

sábado, 16 de abril de 2011

Meu happy birthday!


Irão falar: loucura
invadiu a sepultura!
Nasci a idade que fiz
Abril abriu feliz!

Luzes que não são Sol
A Lua chapisca flash
Vira, mexe e remexe
Sou simplesmente só

Só bolo você deu
Só fome no olhar meu
Para a vaca, nem doeu

Para o ego nada importa
Comendo coisa morta
O churrasco é só festa.



sábado, 9 de abril de 2011

m.a.s.s.a.c.r.e.



Você, não.
Você..., não.
Você, sim.
Morre.

Crianças
Crianças
Sentenças
de morte para
Crianças
Moças

Antes lá fora
Agora no Brasil
Alguém entende isso?
Alguém?

Um anjo esquizofrênico
Decadente pelo isolamento
Cybernético e real

Crenças ortodoxas
Pregadas com bala em cada
corpo e alma.

Ele pediu a salvação...

Se você fosse Deus
daria a ele 7 virgens
no paraíso?


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fake de duas faces



Eu não sou fake. De duas faces, eu dou o meu verdadeiro pensamento. Dois corações. Duas mentes. Que não mentem o que as palavras sentem.

Eu vou falar o que achei: se o texto é ruim é porque ele foi assim para mim. Não é uma verdade universal. As unanimidades costumam ser burras. Principalmente das mais idiotas quando os que não tiveram um entendimento pessoal do texto fazem elogios para receberem uma visita bondosa do tipo “você me elogia que eu te elogio”.

Eu vou falar o que não achei: aí é indiferença. Ler um texto e nem comentá-lo por achá-lo indiferente à minha pessoa. E se eu achar um texto bom, fique feliz. Porque realmente eu achei bom. Mandarei música como lembrança para upar.

Lembre-se: o dia 1º de abril está chegando. Eu sou o fake de duas faces. Na comunidade orkutiana Bar do Escritor.


Videoclipe de hoje: Pitty - Máscara