sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ANTES

– Eu não sou fã de cinema... Não consigo compreender o povo pagar um puta valor para ver o filme e ficar se pegando lá dentro. kkkkkkkkkkkkk
– Tem arte para tudo quanto é gosto, inclusive, para assistir show sozinho de banda de blues. rs
– Quer se pegar, vai pro motel... kkkk Objetividade! Kkkkk Foco, força e fé! Se eu falar assim: "Mari, vamos num barzinho bater um papo e ver o que vira..." Já sabe: estou sendo objetivo.
– Nossa, falta poesia nisso... Eu sou muito subjetiva. Acho que dá para ler isso, literalmente, em mim.
– A poesia a gente gasta ao vivo!
– Cada um tem seu jeito de funcionar para tais objetividades... heheh
– Eu acho que se as pessoas fossem 50 centavos mais objetivas, o mundo seria melhor e a gente perderia menos tempo! Como eu disse, se as pessoas definissem o que é jogo e o que é treino, todo mundo ficava de boa... kkkkkkkk
– O que você fala perder tempo, eu falo conhecer o universo do ser humano com quem estou conversando... Assim, quanto mais secão na objetividade, proporcionalmente, mais secão vai ser meus foras. E, quanto a isso, posso molhar suas percepções com algumas memórias, né!? Bom, conhecer para depois envolver.
– Pois é... Vc não precisa conhecer para envolver... O que torna sua busca pelo universo humano uma coisa meio sem sentido! kkk Filosoficamente, não faz sentido! kkkk
– Eu sei o que sinto. Descobri que sempre tem que ter lance afetivo para depois, bem depois, acontecer algo. Fora os traços no meu corpo da época em que fiquei internada na clínica de repouso, me faz ser, exageradamente, prevenida... Fechada demais para envolvimentos íntimos.
– Mas vc já se deu ao menos o direito de tentar algo, assim, objetivo, carnal!?
– Sim. Odeio. kkkkkkk Sinto-me vazia. Triste. Usada. Só dá bad. rs
– O problema é que vc refletiu sobre o que aconteceu na visão sentimental... A coisa tem que ser mais biológica para funcionar... Senão, vai dar ruim mesmo. kkkk
– Mas eu te falei o tempo todo que sou subjetiva! Tá entendendo que isso não é gratuito? rs
– Sim, entendi sua subjetividade... Mas não sei se já viu Star Trek, mas é um bom exemplo. kkkk Os vulcanos são extremamente racionais, mas no fim das contas, eles acabam não saindo de sua zona de conforto para viver outras coisas! Qualquer dilema que envolva sentimento, eles bugam (no seu caso é o contrário). kkkk
– Isso! Por isso, quando mais sem sentimento a pessoa vir, mais sem sentimento eu sou na tirada... Essa é minha lógica racional! kkkkkkkkkkkk Mas se a pessoa é fofinha comigo, mais me entrego de corpo e alma. ^^

... DEPOIS

– É difícil eu me envolver por inteiro com alguém que não sabe ser por inteiro para dividir-se com pombos, para atrair bicadas, desejos, ao lançar migalhas para suprir, sem qualidade, a vontade de ser visto enquanto alimento e, consequentemente, ser alimentado. Afinal, ninguém quer churrasco da carne branca de pombos. Isto é, dependendo da dieta... rs
– Vc busca plenitude em relações! Infelizmente, nada é 100% nesse mundo. Se for se entregar à algo, tem der ser por você e para você! Não pense que outra pessoa fará o mesmo...
– Por já ter tido a plenitude uma vez na vida, não vou querer menos que isso. Logo, já estarei 1 ano solteira em dezembro. Ops, já estamos em dezembro! XD
– Vc pode achar que teve plenitude... Ninguém se entrega por inteiro, vai indo de pedaços! Ninguém. Bom, isso são percepções... Eu não acredito que estamos preparados espiritualmente para esse nível de entrega... No máximo, achamos que chegamos lá!
– Já tive uma vez. Não vou descer meu padrão. E, sim, a entrega foi se construindo aos poucos, pedaço por pedaço até estarmos por inteiro juntos. Mas não tem como manter a plenitude se uma das partes, depois, não se sentir pleno consigo mesmo... Ele não aguentou o peso da leveza que eu tenho comigo mesma e se angustiava mais ainda por começar a perder a habilidade de voar com as próprias asas... Bom, para um ex que nasceu de mãe virgem, qualquer coisa sobrenatural pode acontecer. Não duvide de nada. kkkkkkkkkkk
– Plenitude é individual... Como eu disse, nada é 100%. Eu sou bem realista com as coisas. Desculpe. kkk Sou tipo São Tomé!
– Eu também sou tipo São Tomé. Demorei 25 anos na vida para descobrir o que é amor, o que é namorar com amor. Só com o quinto namorado descobri isso. Os outros foram treinos. A verdade é que sempre achei que iria viver treinos a vida inteira por justamente não acreditar no amor.
– Será que era/é amor?
– Sim. Sei porque senti. rs
– Será que vc criou uma expectativa de que uma pessoa será igual à outra para preencher um padrão? O que nunca vai ser!
– Eu não crio essa expectativa. Eu quero amar o ser, não a imagem de desejo sobre o ser que desconheço.
– Quando diz que não aceita menos que aquilo que já sentiu, vc acabou de criar um padrão! Não é o padrão de pessoa somente, é padrão de sentimento! E se tem uma coisa que varia são pessoas e sentimentos. Pessoas amam de formas diferentes, em intensidades diferentes. Enfim, ainda acho que vc padronizou o amor que busca. Vai ser difícil...
– Ok. Você gostaria de um amor de uma psicopata?
– Pq fala em psicopatia? Vc mata pessoas? ahiauhiauh
– Não mato. E é justamente este o ponto: ninguém, racionalmente falando, quer ter esse tipo de pessoa para ser amado. A questão que estou falando é que amamos alguém também pela qualidade do amor que a pessoa pode nos oferecer e, em contrapartida, a gente aceitar. Vai ter caso de homem que vai me amar, sei lá, desde a infância. E vou recusar o amor ofertado, mesmo sabendo que é verdadeiro o sentimento ou o maior que ela possa ter, porque aquele amor, daquele sujeito, não me serve para correspondê-lo, amá-lo. E eu sei muito bem o que quero. Posso não saber o padrão de amor que surgirá num relacionamento, visto que é uma construção/manutenção contínua de ambas as partes; mas, se for para estar em um relacionamento, que o seja no padrão que me possibilite amar e ser amada. Essa é minha definição de plenitude e não vou querer menos que isso. ^^

Moral da história: E ao ver que o impossível é possível, o objetivo desistiu da subjetiva. Estava para além de suas possibilidades.

E já que não tenho compromisso nenhum com a Literatura, apenas sou fiel ao meu papel de fazer arte, rsrs, vou deixar, como créditos finais, uma linda musiquinha! Que esse poema torto, tecido em diálogos com linhas e entrelinhas, possa ser inspirador para você, leitor/a, escrever uma linda história sem palavras.



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