Sensação levemente doce de que enfim encontrou-se alguém que possa compartilhar uma porção de momentos, assuntos e sentimentos mútuos, que de tão parecidos poderiam ser um. Tâmira não acreditava até agora em meus sentidos empíricos.
O Sol estava a morrer no sexto dia de outra semana. O piano se cansara da compulsão em perfeição de notas cheias de vigor e sensibilidades alheias. Tocou Fiona Apple, tentando, não em vão, relembrar a alma feminina, residente nas entranhas, mãos, ouvidos. O coração não sorria. Algo na alma se mantinha ausente.
Fora dos meus aposentos, o vento gélido cortando o rosto, Tâmira quis um vinho para distrair o paladar. De relance, viu um jovem rapaz sozinho no estabelecimento que ela acabara de adentrar. Parecia estar a muito tempo a espera de algo.
Uma beleza singela aquele homem transmitia. Traços delicados, rosto desprendido de esforço para ser lapidado. Ela ofereceu uma modesta companhia. Ele, com um sorriso labial discreto, consentiu, e ofereceu um dos assentos ao lado.
Troca de palavras. Não ermas e guiadas como nas falas de um roteiro de uma novela qualquer. O tom era sublime. As pausas, sem constrangimentos. Estavam chegando a determinados campos sem afetação. A verdade nos olhos davam poucas opções. Mentir era um boicote a eles mesmos. Contemplaram, assim, a estranha familiaridade.
O rapaz confessou: “Não esperava mais nada até você me oferecer esta esperança. Eu aceitei de bom grado, não se preocupe.” Olhavam-se alegres, em seguida, flautas doces de gargalhada. Nem tudo precisa ser dito para ser concebido.
Dia seguinte. A Lua nova sustentada na abóbada prateada. Os poucos fantasmas da mente de Tâmira se dissipavam. O Sol ainda iria nascer. Escutava uma música que antes não existia e sempre esperava ouvir. Sintonia da sinfonia composta naquele momento.
O Sol estava a morrer no sexto dia de outra semana. O piano se cansara da compulsão em perfeição de notas cheias de vigor e sensibilidades alheias. Tocou Fiona Apple, tentando, não em vão, relembrar a alma feminina, residente nas entranhas, mãos, ouvidos. O coração não sorria. Algo na alma se mantinha ausente.
Fora dos meus aposentos, o vento gélido cortando o rosto, Tâmira quis um vinho para distrair o paladar. De relance, viu um jovem rapaz sozinho no estabelecimento que ela acabara de adentrar. Parecia estar a muito tempo a espera de algo.
Uma beleza singela aquele homem transmitia. Traços delicados, rosto desprendido de esforço para ser lapidado. Ela ofereceu uma modesta companhia. Ele, com um sorriso labial discreto, consentiu, e ofereceu um dos assentos ao lado.
Troca de palavras. Não ermas e guiadas como nas falas de um roteiro de uma novela qualquer. O tom era sublime. As pausas, sem constrangimentos. Estavam chegando a determinados campos sem afetação. A verdade nos olhos davam poucas opções. Mentir era um boicote a eles mesmos. Contemplaram, assim, a estranha familiaridade.
O rapaz confessou: “Não esperava mais nada até você me oferecer esta esperança. Eu aceitei de bom grado, não se preocupe.” Olhavam-se alegres, em seguida, flautas doces de gargalhada. Nem tudo precisa ser dito para ser concebido.
Dia seguinte. A Lua nova sustentada na abóbada prateada. Os poucos fantasmas da mente de Tâmira se dissipavam. O Sol ainda iria nascer. Escutava uma música que antes não existia e sempre esperava ouvir. Sintonia da sinfonia composta naquele momento.
Ler o seu texto no delicado momento em que me encontro, com o coração e o ego fragilizados pelo amor,fez com q,de certa forma, eu me identificasse com sua personagem.
ResponderExcluirEla tem o desencanto que eu sinto agora...
Mas no final as coisas terminam bem, neh?!
É oq eu espero..
Parabéns pelo texto, flor! Excelentes descrições!!!
Bjim,
Mariposa Apaixonada! hauhuahuha