quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O cara

Raul era o tipo de cara que todas as garotas queriam namorar. Algumas queriam apenas ter a chance de beijá-lo, pois achavam que já estariam no lucro. Preciso falar que ele é um tipo de galã? Não era da TV, mas, para o público feminino do colégio, ele dava muito Ibope.

No final de ano, houve uma festa em que toda a galera colegial estava em massa. Meio da noite, o lindo Raul chegou confiante em Luana. Aconteceu um babado forte. O lindo Raul levou um fora bonito. Ele nem conseguiu curtir bem a balada depois dessa.

Perguntaram a Luana o porquê dessa façanha, ela, com um ar meio blasé, falou: “Não gosto do jeito dele, ele é bonitinho e só”. Eita, garota, se você fosse homem seria : “o cara”!

2 comentários:

  1. O texto tem um ar de graça, uma suave ironia adolescente. Apesar de tais casos serem raros, deveriam ser mais constantes, onde a estética não seja o primordial.
    Talvez o cara seja a forma do ser feminino iconoclasta, pouco reconhecida.

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