segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Armação da arte


Venha o corte neste ato!
Que se manche no asfalto
De vermelho tomate
Este é meu tapete!

O palco está armado
O sangue derramado
Agora, o artista é amado
Pela plateia de alcateia

Assim, é a arte: é arma
Ouse desafiar
Afie seu discurso retaliador

Porém, é melhor se render!
Sobreviver não é vida
É sobra de vida.

3 comentários:

  1. Um Belissimo poema, de forma e vigor
    Recheiado de força, mas não força bruta, mas sim
    a sutileza que nos faz ver tal força.

    Meus parabens querida Namorada
    Estas cada vez melhor.
    Te AMo

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  2. Acho que a escolha da imagem foi muito feliz para completar o sentido da poesia. A arte que retalha, que desafia, que produz cortes, justamente a arte moderna do Tarantino tão bem explícita em Kill Bill. Gostei mesmo, grande abraço, Mary!

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  3. Gostei do texto, principalmente dos versos finais!

    Quero tb agradecer seu comentário lá no meu blog, o Prosas e Viagens.

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