- Sinceramente,
não há mais nada démodé que vestir tendências que não comunicam o seu próprio
estilo.
Com
uma costura invisível, Eliana estampava sua verdade logo de cara. Estilista,
sabia desenhar seu íntimo em moda. Cada peça de roupa e um mundo à parte. Quanto
às cores de suas formas, bem, nada parecido com aquele poema bobo e infantil de
Cecília Meireles que ela tinha lido no primário. Sentia sua inteligência
subestimada com tanta borboleta. Por isso mesmo, a jovem preferia dar asas a
imaginação com a ausência de cores.
Orlando gostava daquela gótica alternativa. “Por
quê?” Essa pergunta sempre estava na cabeça de Mia, treinada para ser uma boa
garota. Bons modos, centrada, nível universitário, cosia tanto com “s” quanto
com “z”. Prendada. Bonita também.
Odiava o modo de falar daquela a quem apelidou de
"morceguinha", conversando sobre assuntos que uma boa moça não
falaria. Afronta aos bons costumes?! Condenável?! Beleza contrastante... Mia admitia que a estilista tinha
lá sua áurea própria, sem se importar com pensamentos alheios. Eliana era sincera,
como ninguém poderia ser. Consigo mesma.
Característica de quem nasceu livre para voar. Ela
escolhia o néctar que desejasse. Voava ao encontro do que lhe dava vida. Não precisava
sugar de ninguém para tirar proveitos financeiros. “Independência é tudo”, dizia.
Mesmo com um pouco de insegurança, Eliana não deixou de flertar Orlando. Ele
aceitou destemido. O sonho de porto seguro de Mia era o mar de outra. O amar
dela.
“Os dois se merecem”, concluía a patricinha mimada.
Deu a batalha por vencida. Não sabia o quê, mas Mia queria modificar algo nela.
Então, para que as coisas no próximo ano fossem diferentes, vestiu suas
costumeiras roupas brancas de Revéillon.
Amigos, obrigada pelo apoio e incentivo para com este blog!
ResponderExcluirEsse ano foi ótimo! Espero que tenhamos todos nós um feliz 2010!
Um abraço forte! Até a próxima! ^^