segunda-feira, 17 de outubro de 2016

As nuvens do trem


Olhe de olhos bem fechados.
Está em branco todo o poema.

Debatendo, rebatendo,
Rebentando, arrebentando.
Entre vida e alegria
brotou a poesia.

Felicidade interior
germina de toda a cor.
Seja o que flor,
Semeie amor.

Lentamente, uma semente
penetrou na mente.
A planta nutriu-se de todos
os sons, signos e sentidos.

Ela e ele, ele ou ela.
O elo de sul, norte, de Sol, noite.
O selo da real conexão.
De mãos em mãos,
Somos todos irmãos.
Tempo, tempo, tempo...

Bem-me-quer, mal-me-quer
Daquelas belas pétalas
o silêncio do despertar.

Páscoa, paz, paz, páscoa
Se eu perder esse trem,
tem outro amanhã de manhã.

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