sexta-feira, 18 de março de 2016

Poema contemporâneo pelos dedos de David Moura




Para compreendermos o que caracteriza o poema contemporâneo, o poeta de Recife David Moura nada contra a corrente. Ele declara, para começo de conversa, que seu poema não tem temática contemporânea, pois considera “a contemporaneidade demasiado volátil”. Quanto à escrita em versos dos seus escritos, justifica esse recurso “justamente pela plástica da linguagem, pelo poder da síntese das expressões”.

O técnico saneador de vias públicas acredita também que a linguagem usada em seus escritos dialoga com o leitor contemporâneo: “por eu estar vivo, não? Mas não é o meu objetivo. Eu não escrevo para agradar a ninguém. Se eu tiver dois leitores fiéis, já me sinto feliz”. E finaliza: “Eu busco sempre dar meu sangue, minha alma, nas coisas que faço. Então, se não sentem emoção, é mais complicado, porque o problema já não é mais comigo... Eu escolho palavra por palavra, trabalho expressão por expressão por meses e meses. Creio que cada palavra tem seu peso, sua sonoridade, seu sentido. E meu instrumento de trabalho são as palavras”.

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