terça-feira, 15 de março de 2016

Poema contemporâneo pelos dedos de Radyr Gonçalves*



Tudo no universo da poesia é tão relativo... Mas vejo meus escritos como algo bem contemporâneo, embora, haja quem diga que não. Busco abordar o cotidiano que nos cerca de uma forma prática, leve, buscando ser conciso, embora na maioria das vezes, eu não consiga expressar isso em dois, três versos... (Acredito que o sujeito tem que ser um gênio para expor uma ideia em três frases e fazer disso poema).
 
Meus poemas são escritos em versos – porque busca ser poesia, o que, às vezes, é difícil. Se escrito de outra forma, meus escritos perderiam o sentido, por não ser prosa poética e ter constantes quebras... 

Creio que na maioria das vezes me faço compreender, mas dentro deste campo tudo é relativo... Já me disseram ironicamente: “Por que você não escreve poesia?”. 

Poesia é algo relativo. A questão da emoção é relativa. Tem gente que acha ótimo e sente um poema, tem gente que não. Eu mesmo, a maioria dos poemas que gosto, são de poetas não famosos... Tem muitos poetas famosos bons, mas tem muitos ruins, muito mesmo. No entanto, para milhares esses poetas que eu acho ruins, até péssimos, passam a emoção que eu não consigo sentir.
É relativo. 

O ser contemporâneo – também é relativo, porque a poesia é atemporal. A poesia ricocheteia entre o passado, o presente e o futuro.

Escurece o claro e acende o escuro. É absurda. E o que é absurdo não tem explicação lógica. O que seria ser contemporâneo é que é a grande pergunta...


*Radyr é poeta de Natal, locutor e trabalha como freelancer na produção de comerciais radiofônicos.

Perfil no Facebook: https://www.facebook.com/radyrgoncalves10
Site: http://www.revistadeouro.com.br/

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