No geral, as pessoas lhe eram más sem motivo. Não era bela, nem feia, normal. E a normalidade causava mal-estar a muitos, uma espécie de ressaca. Dava para ver em seus olhos. Ser assim é difícil, gera inveja aos estranhos, porque o objetivo que se esconde é a aceitação social. A aceitação pessoal própria de gostar daquele jeito de sorrir quando alguém parecia suficientemente idiota em comparação com a maioria, pérola rara para adornar o seu brilhantismo. Poucas conchas contêm esse tesouro. E assim, Ester interiorizava o mundo ao seu redor.
No lar, os pais lhe passavam transparentes. Altos e baixos, como os movimentos da maré, o jeito humano de se viver a vida. Esse movimento a filha não aceitava ter que conviver e refletir. Queria a praia, o mar, o Sol sempre ligado, as ondas sempre prontas para o banho, o sal no peixe frito, mas não no cabelo oleoso, o vento de leve para soprar a pele, água de coco num estalar de dedos, às vezes, bijuterias de ambulante.
No colégio, poucos mereciam sua amizade. Perder tempo com gente que não iria lhe ser útil depois, desnecessário. Porém, havia uma determinada concessão para que seu coração ficasse mais receptivo a aceitar todos: redes sociais virtuais. Oportunidade, caindo na rede, mais peixe para se juntar ao cardume de amigos.
No banco da calçada, sentada. Oceano a sua frente, vasto e profundo. Ester estava enjoada de ficar parada tanto tempo tendo essa visão de mar. Nenhum pirata veio roubar sua joia. O seu corpo abarcava fantasmas. A pérola que ela tanto se vangloriava para si mesma não vinha de nenhuma partícula impura. Ela era somente concha.
Imagem: Cena do filme "A Lenda do Tesouro Perdido 2"
No lar, os pais lhe passavam transparentes. Altos e baixos, como os movimentos da maré, o jeito humano de se viver a vida. Esse movimento a filha não aceitava ter que conviver e refletir. Queria a praia, o mar, o Sol sempre ligado, as ondas sempre prontas para o banho, o sal no peixe frito, mas não no cabelo oleoso, o vento de leve para soprar a pele, água de coco num estalar de dedos, às vezes, bijuterias de ambulante.
No colégio, poucos mereciam sua amizade. Perder tempo com gente que não iria lhe ser útil depois, desnecessário. Porém, havia uma determinada concessão para que seu coração ficasse mais receptivo a aceitar todos: redes sociais virtuais. Oportunidade, caindo na rede, mais peixe para se juntar ao cardume de amigos.
No banco da calçada, sentada. Oceano a sua frente, vasto e profundo. Ester estava enjoada de ficar parada tanto tempo tendo essa visão de mar. Nenhum pirata veio roubar sua joia. O seu corpo abarcava fantasmas. A pérola que ela tanto se vangloriava para si mesma não vinha de nenhuma partícula impura. Ela era somente concha.
Imagem: Cena do filme "A Lenda do Tesouro Perdido 2"
Trabalhos amadurecidos,
ResponderExcluirem cada trecho do texto e da vida
uma nova experiencia...
Parabens
belo trabalho,minha linda, meu amor
amo-te
Obrigada, amor! A essência dos textos se expressa, em parte, pela bagagem de vida que carrego. E você complementa com o meu amadurecimento a cada dia que passa, deixando meu espírito, ao mesmo tempo, amavelmente jovem!
ResponderExcluirAmo você, meu lindo!