quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ao encontro do outro

Ao espelho confessava, de frente, o seu rosto para o olhar. Tinha acabado de acordar e, mesmo assim, se sentia muito bela. Coisa rara. Nem sempre de bom humor para o Sol que ainda haveria de vir. Queria sempre mais um tempo na cama, terminar os sonhos nonsenses que tinha e nem sempre retinha na memória.

Alma de segredos e uma mulher. Livros do volume I ao X. O final voltava ao início. Ouroboros inscrito na existência humana. A compreensão do sensível retirava a carne das lágrimas.

Acordou e só podia ver, naquele instante, sua face. Hoje, com os conceitos. Amanhã, sem saber quem seria. Os limites em teste para alcançar as possibilidades de ser. Já não era mais ego, estava além.

Acabou o dia. Permitiu-se a noite. Seduziu um homem. Pura vontade de instintos. Para ele, um quadro de enigmas. Deixava-se levar pela doce aventura. Fugia ao seu controle qualquer resistência. Ela, esfinge que agora se lembrava do bem insuspeito nos seus olhos de lascívia.

Um comentário:

  1. Um Belissimo Texto, muito bem construido e dividido, tantos sentimentos explorados... Tantos momentos. Nos reflete a nos mesmos, nosso interior.

    Meus Parabens
    Adorei o Texto.

    Musa
    bjao

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