quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Photoshop mental

Sabe, têm dias que as aparências são apenas isso mesmo, pegadinhas. Mas, “olhe, um avião!” Esse tipo de pega nem funciona mais. Por que será? Porque é chato olhar para cima, entortar o pescoço, quando não se tem mais 4 anos de idade... Ou seja, isso ainda tá valendo se você for uma criança. Nessa fase, parece que qualquer treco é divertido. Apesar da maioria da garotada preferir ver a garota Maisa em vez da tia Xuxa.

E, assim, nada como passar batom, blush moderado e lápis nos olhos para realçar essa face conhecida por realidade. Vicente acordou assim. Não com maquiagem feminina ou afins. Ele percebeu a conspiração na qual (a)creditou. Gostar de alguém que não existe.

Coisa mais estranha. Lívia seguiu com as aulas da academia de ginástica como se tudo tivesse na mais normal rotina. Mesmo depois de tudo, de todo o barraco armado e desmontado, o olhar altivo da última bolacha do pacote se mantinha. Sua personalidade sensível e equilibrada, onde estava ontem? Anteontem? Semana passada? Quem, afinal, achou isso nela?

Os mesmos defeitos de sempre. Lívia continuava a mesma coisa. O amor de Vicente por ela, não mais. Agora ele ficou sem opção: quem amar? O jeito é assistir desenho animado.

3 comentários:

  1. Meus parabens
    esta um belo trabalho...

    Como é engraçado, ontem eramos meras crianças, que se divertia e ficava fascinada, com o voo de um avião, sobre nossas cabeças, hoje somos adultos, procurando voar sobre as cabeças e impressionar. E o que sera que seremos amanha?

    Querida Namorada
    Esta um belo trabalho
    Continuie sempre e sempre...

    Bjaaaoooo

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  2. É só o primeiro passo pra você começar a acreditar no que eu digo. =D

    Obrigado por ter lido (e ainda mais por ter gostado!), volte sempre e comente sempre que puder.
    Você escreve muito bem também, fiquei meio intrigado dessa história pega no meio e fui procurar o começo dela, falhando consideravelmente em encontrar. Parabéns por ter me prendido a tal ponto!
    See ya

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  3. Mari, é sempre bom ler teus textos.
    Leio-os antropofagicamente. Tu estás inovando
    Parabéns!

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