segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ser ou ter: eis a questão

Nas sociedades capitalistas, vivemos em um mundo de máscaras, onde todos querem ser os personagens principais, de maneira nenhuma queremos ser coadjuvantes. Para almejarmos este papel tão pretendido (nem que seja em nosso íntimo) utilizamos certas artimanhas e influências para a obtenção do poder, ou melhor, do ter.

Este poder compreende no que você tem, e o que você tem é uma forma implícita de demonstrar o seu ser. Exemplificando: uma pessoa com um carro “da hora” é alguém super-legal; um “Ronaldinho” da vida é o mais gato da parada.

Ainda sobre o ter, a burguesia impôs uma outra idéia geniosa, compondo, enfim, sua ideologia: o ter, em si, traz felicidade. Mas refletindo um pouco, percebemos que tal pensamento é uma farsa, e por mais que compremos e consumimos, notaremos em nosso ser lacunas vazias que dinheiro nenhum do mundo preencherá.

E aí vem uma questão : Será que vale a pena a busca de bens materiais transformando isto num critério para a felicidade? Isso não quer dizer que o dinheiro, o capitalismo, é um “mal” a ser combatido, e nem por isso devemos viver como hippies. Porém não é tendo muito dinheiro ou as coisas mais tops que isso trará felicidade para tais adquirentes, fazendo disso medidas diretamente proporcionais como quanto mais você tiver, mais você será feliz. Todavia, “não vale o que temos, nem o que sabemos, nem o que fazemos: vale o que somos”.

Portanto, pode parecer piegas, mas é essencial para as nossas vidas: a felicidade provém do nosso interior, na busca da elevação espiritual do nosso ser.

4 comentários:

  1. Esse comentário é mais a título de curiosidade...

    Esse texto foi escrito na época em que estava no ensino médio, em 2005, mais especificamente.

    Analisando o status quo da nossa sociedade, esta temática ainda se mantém válida para os dias de hoje.
    Mas sempre há uma esperança para que isso mude, certo!?

    Beijos para todos os amigos e visitantes do blog Academia de Neurônios!

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  2. então... como dizia Maquiavel, nem é importante ter ou ser nada. O que rola mesmo hoje em dia é parecer que é e que tem. =P

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  3. Então...assim escreveu Salomão no livro de eclesiastes 1:2 "Vaidade de vaidades, vaidade de vaidades, tudo é vaidade" e continua 1:9 "O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer; nada há, pois, novo debaixo do sol."

    Marielle,ficou fantática essa sua reflexão.

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